terça-feira, 17 de março de 2009

Numa de sorrir à toa...

Mais uma vez dei comigo a sorrir às flores, ao sol, às pessoas... Dou comigo muitas vezes a fazer isso, desde que me conheço e em pequenina ainda o fazia mais. É um sorrir silencioso, como que disfarçado, mas que é muito bem percebido no exterior. Porém, noto que sempre que o faço é com uma certa dor por dentro. Uma dor que eu nunca soube de onde vinha. Uma dor que eu me lembro que os meus colegas de escola não pareciam ter quando sorriam. Era como se eles sorrissem de verdade e eu não.
Agora, essa dor ficou ainda maior. Mas é como se eu soubesse que o meu sorrir tem um papel importante. Ele não retira a minha dor, mas alivia-a, pois faz-me arrancar dos outros também os seus sorrisos silenciosos, e aliviar nesse instante a dor deles. É um sorriso que faz as flores sentirem-se úteis e quererem ficar um pouco mais de tempo abertas... E é aquele sorriso que faz o pôr do sol parecer adiar-se, fazendo tempo até ter a certeza que entrou de verdade no meu coração.