segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dar entendimento à vida - chega de ansioliticos!

Dar entendimento à vida é muito mais do que sair de casa de manhã, ir trabalhar, para depois voltar à noite e repetir tudo até à Reforma. É mais do que casar-se para repartir tarefas e ter memórias de um dia ou dois bonito, lá no passado. É mais do que entregar os filhos numa cresce e sentir que eles são o nosso grande contributo para o mundo. Dito assim, parece ser um modo demasiado redutor de colocar o nosso dia-a-dia. Mas a não ser mesmo assim, seria mesmo tão necessário que vivêssemos desde tão cedo rodeados de estimulantes, calmantes e suplementos vitamínicos?
A grande prova que a vida nos dá, de que ela existe só para nosso benefício próprio, é que tudo se direcciona pelo melhor caminho para nós. A verdade é que o nosso organismo dá-nos os sinais que precisamos para ter uma vida mais ou menos sã, naquilo que nos cabe a nós controlar. E nós continuamos a achar que podemos controlar, ainda que desrespeitemos o organismo. Como?

O corpo dá-nos dor quando algo está mal, quando estamos doentes. E nós tomamos analgésicos para aliviar a dor, mas queremos sempre saber porque é que ela surgiu. Sempre vamos querer saber o que está de errado, já que o corpo se queixou e nos fez sentir dor. Dessa forma partimos para a cura e evitamos mais dor. Acontece que o mesmo se passa ao nível da nossa carga energética (ou chamem-lhe psique, ou alma).
Tal como o que acontece na dimensão corporal, quando começamos a sentir cansaço, fadiga ou sistema nervoso alterado, tudo isso não passam de sinais da nossa carga energética a dar o alarme para mudarmos ritmos e padrões de vida, sob pena de um colapso maior e irreversível.
Agora pergunto, esses sinais são valorizados? Será que a resposta a essa valorização está no dia em que inventaram estimulantes e calmantes e baterias tipo "piloto automático" (diga-se do efeito do medicamento anti-depressivo)?
A resposta é tão simples que pode ser entendida ao nível do corpo, mas quase nunca o é, quando se trata da carga energética que o move. A falta de respeito por ela é completamente posta em prática, a partir do momento em que aceitamos ignorar sinais dos riscos que estamos a correr. Assumimos inteira responsabilidade pela vida que estamos a ter, mas jamais ousemos culpá-la a ela.
Tal como disse em cima, a vida direcciona-nos para o nosso melhor caminho, o mais saudável de todos. Não tem culpa que ignoremos sinais, só porque toda a prática social nos incita a isso. O livre arbítrio é a mão da verdadeira justiça. É nele que traçamos o caminho. E eu gostava tanto que fosse aquele caminho em que não precisamos de medicamentos, se não aceitarmos primeiro "curar a doença", mudar padrões, olhar pra dentro de nós.

Todos nós já tivemos estímulos quando havia motivos para tê-los. Todos nós sentimos calma, quando a nossa consciência operava a um ritmo saudável e próprio de um humano. Então para quê tanta procura de drogas para esses fins? Nós nunca fomos sobrenaturais nem sentimos tanta vontade de o ser, como agora. Mas será que isso vale a pena a nossa vida, e qualidade de vida? Vale a pena andar mais depressa do que a vida propõe, ou mais devagar do que é suposto, conforme convém ao social colectivo (ainda achando que é realmente a nós que convém)?
A nós convém é ter saúde! Até porque o social colectivo não vai querer saber de nós quando já não a tivermos. Deixamos de ser úteis. Sim, usam-nos!!
Acho que ainda é preciso tomar consciência que não somos controladores da nossa vida! Apenas nos cabe seguir as indicações que todos os dias nos são dadas, e que todos os dias decidimos ignorar. Pena será para uns, felicidade para outros. Tudo é livre arbítrio e auto-conhecimento, e nunca, mesmo nunca foi uso de drogas de qualquer espécie.

Viver é experimentar emoções que nos permitam evoluir e crescer em todos os sentidos. Se nos bloquearem sensações ou emoções com drogas controladoras de mecanismos energéticos, que será então da nossa vivência? Que será, senão sair de casa de manhã, ir trabalhar, para depois voltar à noite e repetir tudo até à Reforma.

3 comentários:

  1. Amiga, mas o problema da maior parte do colectivo social é que preferem viver sem sentir, porque vivenciar as emoções dói muito. Daí que tomam os anti-depressivos...para não sofrer e assim agravam Karma.

    ResponderExcluir
  2. O que faz falta às pessoas é viverem as emoções para crescerem e se tornarem resistentes e se desenvolverem... Pensam que não sofrem... Mas o sofrimento continua à sua espera

    ResponderExcluir
  3. Obrigado pelos vossos comentários. Bem vinda Branca de Neve!

    ResponderExcluir